sexta-feira, 25 de abril de 2014

Memórias gastronómicas - Marráquexe

Marráquexe, com a sua localização privilegiada (perto do sopé norte da cordilheira do alto Alto Atlas). A cidade vermelha ou a "pérola so sul" como alguns gostam de chamar. A sua população pouco chega aos 800 000 habitantes. 

O que mais me fascinou foi sem dúvida a dedicação dos locais a comida e ao orgulho de a mostrarem, e ás vezes a insistência para provarmos as suas iguarias, mesmo sem pagar... Os sumos de fruta, espremidos no momento e com um sabor inconfundível. 

Na parte antiga da cidade, "Almedina", na zona fortificada, existe um largo, Djemaa el-Fna, enorme que de dia está cheio de vendedores ambulantes de roupa, bugiganga e outros acessórios do dia-a-dia, e de noite se transforma completamente numa zona de restauração e divertimento, em que muitos locais se juntam para o petisco e dançar. Aqui vemos caracoletas, quase como as nossas (um intenso cheiro a oregãos).

Claro que a especialidade, acaba por ser sempre com os produtos locais que privilegiam de uma enorme qualidade e frescura, por exemplo o cabrito que cresce e se alimenta no sopé do Alto Atlas. Vemos as salsichas, as almôndegas, as espetadas, as carnes moídas e temperadas, enfim algo que a ASAE nem sonha que possa existir na restauração...

 O festim é imenso e o fervor que se faz a volta de uma animal confecionado que acaba de sair dos fornos antigos e ambulantes é demais. Todos se juntam em volta do mestre das facas e esperam ansiosamente que ele vá retirando as partes mais saborosas do animal. E um espectáculo digno de se ver e de fazer parte.

Coisas que não pode esquecer de comprar quando for a Marraquexe: Especiarias e chás. Claro se for aficionado em gastronomia. Não deixe de provar o vinho local que só se vende em alguns restaurante (mais turísticos)...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Memórias gastronómicas - Castelo de Bragança

No Verão fomos de visita a Bragança, vejam a agradável surpresa que nos esperava...Uma festa medieval encomendada para D. Afonso V... 

A festa estava maravilhosa mas, os meus sentidos só estavam alertados para uma coisa a COMIDA. Pão com farinhas da zona e enchidos também... Broas, pão de milho, pão de trigo, bolas, folares numa variedade de sabores únicos.

Claro está que a atenção estava redobrada por um cheiro intenso que já tinha detectado desde o momento em que estacionei o carro no parque fora das muralhas do castelo. Uma linda e apaixonante vitela de raça mirandesa, que se colou logo a uma fatia de pão e se enfiou na minha boca... 

Depois mais ao lado e, para surpresa minha estava um chef a fazer pratos de comida medieval au moment, uns pratos com a carne da vitela que saia do fogo e outros com truta, cabrito a acompanhar com uns maravilhosos cuscos de trás-os-montes, muito idênticos aos cuscus marroquinos.

Quando eu pensei que já tinha finalizado o tour gastronómico, aparece-me esta paisagem de cortar a respiração, uma cama de bolos, tão fofinha e cheia de bons sonhos. Era bolo de amêndoa, bolo de nozes, de alfarroba, de doce ovos, de doce de figos, de doce de chila, de doce de feijão, enfim, teve de ser um pijaminha com o máximo que pude...


Bragança é a capital de distrito de Trás-os-Montes, uma das regiões mais isoladas de Portugal Continental, muito pouco lucra com o turismo mas, na viagem que fiz notei uma zona com um grande potencial por explorar que peca com a falta de acessos (que por um lado pode até ser mais vantajoso). Um sitio onde pelo seu isolamento, mantém os costumes e os hábitos das gentes locais. Particularidades que merecem a pena ver, sentir e assimilar. 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Memórias gastronómicas - Ilha de Creta

Pois é, a linda Grécia, com a sua luz mágica (que nos faz lembrar as histórias das épicas guerras entre Deuses)...Não tenho este hábito mas gostaria de partilhar convosco uma viagem gastronómica que fiz em 2007 a ilha maravilhosa de Creta. Digo-vos que foi dos melhores sítios em que estive para comer, a nível de preço/qualidade/variedade dentro da comida mediterrânica.


Fiquei perto de uma aldeia piscatória (Elounda), onde o tempo parece que tinha parado e, podia ver diariamente o peixe a ser descarregado e as vezes regateá-lo para comer no almoço ou jantar, visto o dono de um dos únicos restaurantes ser o mestre das embarcações de pesca.



E, o que me faz recordar esta viagem é sem mais nem menos um Mero de 16 quilogramas que foi cozinhado na perfeição no forno pela mulher do dono do restaurante. Queria homenagear aqui este peixe que ainda hoje o consigo saborear. São aquelas memórias gastronómicas que nos conseguem transportar para momentos inesquecíveis...


Os passeios de bicicleta foram a descoberta da essência da ilha, quase todas as aldeias que passei foram um pretexto para parar e experimentar as iguarias dos pequenos restaurantes que, tal como nós, utilizam os ingredientes frescos da época e locais. A simplicidade e a genialidade de quem tem de viver com aquilo que pode...


A comida mediterrânica, que foi recentemente homenageada como património da humanidade, é mais um sinal de que o mundo tem de tomar atenção ao consumo exacerbado de alguns bens alimentares supérfluos que, produzidos em massa e distribuídos globalmente poderão destruir o nosso habitat.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

7 ideias de marketing para melhorar a venda de almoços em restaurantes

O almoço é uma fonte de rendimento importante para muitos restaurantes. Sejam eles uma grande ou pequena operação, estas são 7 ideias de marketing que podem ajudar a melhorar a facturação do almoço.

1. Almoço em 10 minutos
Em muitas zonas o cliente não tem tempo para almoçar. Desafie a equipa do restaurante a servir o cliente em menos de 10 minutos ou o cliente não paga. Arriscado mas se conseguir tem de certeza clientes com pressa a voltarem mais vezes. 

2. Tudo o que puder comer
A maior parte das vezes os clientes do almoço entram de uma só vez. Aproveite para fazer buffet livre de promoção para cativar os clientes a servirem-se do que querem e a velocidade que lhes for mais conveniente.

3. Almoço de massas e preços especiais para os tardios
Tenha um dia em que qualquer prato de massa tem um preço fixo (ex: 5€ entre as 11:30 e as 15:30) mas, se o cliente chegar mais tarde tenha sempre petiscos de 3€ ou 5€ para oferecer como alternativa.

4. Variedade é o tempero da vida
Defina um dia da semana em que tem uma variedade de 8 ou 9 pratos, todos ao mesmo preço, em que inclua acompanhamento igual. Assim, dá a hipótese de o cliente experimentar todo o menu.

5. Menu a dobrar
Crie dias ou para pratos mais específicos (ex. cozido a portuguesa, feijoada, etc...) em que o cliente paga só mais 1€ ou 2€ se repetir a mesma dose. Isto também é bom para grupos grandes ou para empresas que querem beneficiar os seus colaboradores com uma refeição. 

6. Opinião dos clientes
Há gerentes atentos que perguntam a opinião dos pratos aos clientes e a partir dessas ideias desenvolvem pratos para os menus do dia dos dias a seguir.

7. Dia da semana especial
O "dia do chef", neste dia defina um preço fixo para todos os pratos mais uma especialidade do chef (exs. cerveja, pão, azeitonas, pickles, conservas etc..., produzidos em "casa").