Noite de petiscos. Adoro quando as refeições vão fluindo, petisco, cozinhar, beber, petisco, cozinhar, beber…enfim, assim vale a pena.
Começou-se com pêra rocha grelhada (grelhar a pêra até desumidificar a gosto) e alheira de Mirandela (eu costumo tirar-lhe a película em cru e depois corto e moldo no tamanho que pretendo) por cima. Bebeu-se um gim tónico.
Depois uns hambúrgueres de salmão (só moí a barriga e algum lombo, flor de sal e pimenta), com ovo escalfado por cima. Bebeu-se branco do Alentejo. Para terminar uns peixinhos da horta de feijão verde. Bebeu-se verde de Ponte de Lima.
Adoro noites de petisco, o estar a cozinhar, a beber e a comer (não é o repasto mas o pastar!). Bom apetite. As receitas posso partilhar, mas recriem as vossas...porque o que interessa é sair da rotina da mesa.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Anthony Bourdain vs Jamie Oliver
Os dois gigantes do mundo dos media da área gastronómica. Ambos influenciadores, ambos com a mesma paixão. Mas o que faz com que haja tanto fervor a volta destas duas personagens que quase sempre fazem parte do cardápio diário das nossas vidas?
Anthony Bourdain 1,7 milhões de fans no Facebook, 55% homens e 45% mulheres. Jamie Oliver 2 milhões de fans no Facebook, 67% mulheres e 33% homens. Não se deixem iludir, existe uma equipa altamente especializada a gerir toda esta máquina de ilusões gastronómicas que nos deixa a babar e a chorar por mais.
Na minha opinião, a comida devia ser posta ao nível da pornografia, sim foi isso que eu disse...Portanto vejam, ambas tem como objectivo satisfazer uma necessidade básica, e ambas resultam em prazer final. Já repararam que até existem canais só de comida e outros só de sexo? Ora ai está.
A necessidade fervorosa que temos de ver como acaba uma receita na televisão é a mesma que temos em ver o orgasmo num filme pornográfico. Pois, ai está a explicação porque há tanto interesse dos media na gastronomia e o sucesso imediato e globalizante destes personagens. Colam-nos a televisão ou a outros media e vendem-nos o que bem entendem e quando damos por nós estamos a fazer risottos e outras "macacadas" em casa.
Os risottos e as "macacadas" não tem mal nenhum, antes pelo contrário. O mal está em perdermos a criatividade e a pro-acção para fazermos, a nossa maneira, as necessidades básicas. Em estarmos a seguir os formatos integrados de venda, pré-definidos pela industria do entretenimento e a industria da distribuição alimentar, que nos tentam fidelizar.
Para quem não se lembre, os conteúdos dos media foram inventados e patrocinados até aos dias de hoje pela grande industria alimentar e de comodidades. Foi a Unilever a pioneira nesta matéria e, com o aumento da concorrência e dos meios de comunicação, os formatos simplesmente se alteraram.
Anthony Bourdain 1,7 milhões de fans no Facebook, 55% homens e 45% mulheres. Jamie Oliver 2 milhões de fans no Facebook, 67% mulheres e 33% homens. Não se deixem iludir, existe uma equipa altamente especializada a gerir toda esta máquina de ilusões gastronómicas que nos deixa a babar e a chorar por mais.
Na minha opinião, a comida devia ser posta ao nível da pornografia, sim foi isso que eu disse...Portanto vejam, ambas tem como objectivo satisfazer uma necessidade básica, e ambas resultam em prazer final. Já repararam que até existem canais só de comida e outros só de sexo? Ora ai está.
A necessidade fervorosa que temos de ver como acaba uma receita na televisão é a mesma que temos em ver o orgasmo num filme pornográfico. Pois, ai está a explicação porque há tanto interesse dos media na gastronomia e o sucesso imediato e globalizante destes personagens. Colam-nos a televisão ou a outros media e vendem-nos o que bem entendem e quando damos por nós estamos a fazer risottos e outras "macacadas" em casa.
Os risottos e as "macacadas" não tem mal nenhum, antes pelo contrário. O mal está em perdermos a criatividade e a pro-acção para fazermos, a nossa maneira, as necessidades básicas. Em estarmos a seguir os formatos integrados de venda, pré-definidos pela industria do entretenimento e a industria da distribuição alimentar, que nos tentam fidelizar.
Para quem não se lembre, os conteúdos dos media foram inventados e patrocinados até aos dias de hoje pela grande industria alimentar e de comodidades. Foi a Unilever a pioneira nesta matéria e, com o aumento da concorrência e dos meios de comunicação, os formatos simplesmente se alteraram.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Receita Hot Spaghetti
Uma receita simples, rápida, diferente e que nos deixa com muita energia positiva.
Para esta receita precisa de um ingrediente chave: a malagueta! Coza o esparguete al dente, coloque azeite numa frigideira com alho bastante picado e depois a malagueta a gosto (não é assim tão picante quando é fresca, mas se preferir retire algumas sementes), salteie um pouco o alho e a malagueta e coloque o esparguete húmido (com a água da cozedura) para dentro da frigideira.
Salteie tudo um pouco, mexendo constantemente e acrescente uma ou duas colheres de manteiga. Sirva logo de seguida com uma salada de tomate e mangericão ou só com um copo de vinho branco seco.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Caldos, Stocks ou a alma da cozinha...
Já a minha avo dizia: "Uma canjinha quando estamos doentes, faz sempre bem a alma...". E, é isso, quando cozemos o animal e os vegetais durante o tempo necessário a um lume muito brando, estamos a retirar todas as moléculas possíveis de cada um deles (sem as danificar) para o liquido (seja ele água e/ou vinho).
Essa água, passadas algumas boas horas, transforma-se numa alma, num caldo que nem sempre é o desejável e outras vezes ultrapassa a nossa expectativa sensorial. E a mais básica das preparações culinárias em qualquer cozinha profissional.
Retiramos, portanto, de qualquer animal (seja, marisco, aves, caça, carne ou peixe) e/ou específicos vegetais aromas, texturas, cores, corpos e nutrição de alto valor. Estes caldos servem para outros fins como: molhos, sopas, caldos para escalfar, etc...
Dizem que são os franceses os fundadores desta técnica de cozinha mas, com o conhecimento que hoje temos, sabemos que todos os povos já o faziam de forma excepcional, antes dos franceses. Na minha opinião os Asiáticos são os Reis do manuseamento desta técnica.
Para mim o mais fantástico é a forma como podemos, de forma económica e inteligente, enriquecer a nossa comida quotidiana. Para além de que estamos a alimentar o corpo e a alma ao mesmo tempo. Não estou a inventar nada de novo, apenas a lembrar-vos de que se pode comer bem e ainda mais barato do que se pensa.
A receita base de um stock obedece a três ingredientes chave:
Boquet garni e Sachet des Epices (Aroma):
Mirepoix (Sabor):
Osso e lascas ou pontas de sobras (Textura):
Claro que temos de acrescentar o condutor liquido para adquirir a alma:
Essa água, passadas algumas boas horas, transforma-se numa alma, num caldo que nem sempre é o desejável e outras vezes ultrapassa a nossa expectativa sensorial. E a mais básica das preparações culinárias em qualquer cozinha profissional.
Retiramos, portanto, de qualquer animal (seja, marisco, aves, caça, carne ou peixe) e/ou específicos vegetais aromas, texturas, cores, corpos e nutrição de alto valor. Estes caldos servem para outros fins como: molhos, sopas, caldos para escalfar, etc...
Dizem que são os franceses os fundadores desta técnica de cozinha mas, com o conhecimento que hoje temos, sabemos que todos os povos já o faziam de forma excepcional, antes dos franceses. Na minha opinião os Asiáticos são os Reis do manuseamento desta técnica.
Para mim o mais fantástico é a forma como podemos, de forma económica e inteligente, enriquecer a nossa comida quotidiana. Para além de que estamos a alimentar o corpo e a alma ao mesmo tempo. Não estou a inventar nada de novo, apenas a lembrar-vos de que se pode comer bem e ainda mais barato do que se pensa.
A receita base de um stock obedece a três ingredientes chave:
Boquet garni e Sachet des Epices (Aroma):
Mirepoix (Sabor):
Osso e lascas ou pontas de sobras (Textura):
Claro que temos de acrescentar o condutor liquido para adquirir a alma:
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