Fiquei perto de uma aldeia piscatória (Elounda), onde o tempo parece que tinha parado e, podia ver diariamente o peixe a ser descarregado e as vezes regateá-lo para comer no almoço ou jantar, visto o dono de um dos únicos restaurantes ser o mestre das embarcações de pesca.
E, o que me faz recordar esta viagem é sem mais nem menos um Mero de 16 quilogramas que foi cozinhado na perfeição no forno pela mulher do dono do restaurante. Queria homenagear aqui este peixe que ainda hoje o consigo saborear. São aquelas memórias gastronómicas que nos conseguem transportar para momentos inesquecíveis...
Os passeios de bicicleta foram a descoberta da essência da ilha, quase todas as aldeias que passei foram um pretexto para parar e experimentar as iguarias dos pequenos restaurantes que, tal como nós, utilizam os ingredientes frescos da época e locais. A simplicidade e a genialidade de quem tem de viver com aquilo que pode...
A comida mediterrânica, que foi recentemente homenageada como património da humanidade, é mais um sinal de que o mundo tem de tomar atenção ao consumo exacerbado de alguns bens alimentares supérfluos que, produzidos em massa e distribuídos globalmente poderão destruir o nosso habitat.
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